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No cenário literário contemporâneo, uma tendência "inovadora" (com muitas e muitas aspas, porque isso não tem nada de inovador) surgiu com a Monochrome Books, uma empresa que propõe reimprimir clássicos literários usando tinta branca em papel preto.

Recentemente encontrei um artigo no portal IGN Brasil, no qual o autor, Viny Mathias, diz "Eu, particularmente, achei lindo demais!". Este tipo de comentário, ainda que seja de opinião, tem se tornado mais importante do que o repórter, pesquisador ou colunista buscar fatos e dados propriamente dito. Pode ser bonito, mas é bom? Vale a pena, na esfera de valores? E na esfera da usabilidade? E da produção, meio ambiente, etc?

Embora a intenção de reinventar a estética do livro impresso possa parecer atraente à primeira vista, uma análise mais profunda revela implicações ambientais e de usabilidade que desafiam a viabilidade e a responsabilidade desta abordagem.

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DELL logo antigo    

Ainda que não seja uma situação relevante para o museu, resolvi deixar registrado aqui minha experiência com a Dell Computadores. Como não é um assunto sobre nossos queridos vintages, faz parte dos artigos "NewBits" do museu.

A Dell é uma empresa texana fundada no início de 1984, que surgiu logo nos primeiros momentos do IBM-PC, e vem, desde esta época, se especializando em ser, de acordo com informações supostamente confiáveis, a maior empresa de hardware dos EUA.

Porém, descobri a duras penas que nem tudo são flores na vida de um consumidor Dell!

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C64 logo    

Eu estou há muitos dias pensando se escreveria ou não este artigo de opinião. O assunto é extremamente espinhoso, e por isso estive extremamente reticente se valeria a pena escrevê-lo, até considerar que vale a pena mostrar o quão difícil é a mineração de antiguidades para um museu.

Dentre as diversas formas de busca de peças para o museu, uma das mais comuns é, como o esperado, comprar de pessoas que não usam mais os antigos computadores e videogames. O mais comum, até posso dizer que tem um componente de certo grau de tristeza, são aparelhos que fizeram a história junto de seus donos que, infelizmente, partem deste mundo e deixam suas lembranças com a família. Estas peças são aquelas muito especiais, possuem história. História e lembranças devem ser preservadas, como esta recente sobre o TK85 do Engenheiro Flávio Kiehl ou sobre meu primeiro computador.

Ainda que traga saudades aos familiares e muito orgulho de poder contar essas histórias, nem sempre a mineração de clássicos é uma atividade prazeirosa, sempre existem pessoas que conseguem atrair aquela núvem de malefícios sobre sua cabeça.

Mineração de aparelhos eletrônicos antigos não é uma atividade fácil, as pessoas que têm os aparelhos muitas vezes não possuem noções de valores, mesmo porque não existem, de fato, referências de valores que possam ser usadas, enquanto existem outras pessoas não querem vender, o que eu respeito. O tratamento e abordagem das pessoas sempre deve ser cuidadosa, muitas vezes a pessoa, por não ter noção do valor, pode pedir um valor táo baixo que até mesmo nós buscamos muita informação para entender este preço baixo; em outras situações, esmagadoramente mais comuns, as pessoas pedem valores exorbitantes em uma percepção equivocada de que "o que é antigo é raro então deve ser caro". Existe, de fato, aparelhos cuja raridade tornam o preço bem alto, porém esta raridade tem que ser quase absoluta: um TK85 lacrado na caixa deve valer algumas dezenas de milhares de reais, porque simpresmente é a raridade das raridades, eu mesmo não creio que existam TK85 lacrados na caixa ainda hoje. Por outro lado, um TK85 aberto, usado e cheio de história para contar tem seu valor sentimental, porém obviamente não terá um valor maior do que algumas poucas dezenas de reais.